O título deste artigo deveria ser “organizações não-governamentais”, já que irei dissertar sobre este tema, mas decidi realçar uma das maiores instituições do mundo e, para mim, também uma das mais importantes. De facto, a Amnistia Internacional (AI) tem 2,2 milhões de apoiantes que consideram relevante a forma como promove os direitos humanos. Um dos slogans da Amnistia é “posso não concordar com o que dizes, mas luto para que o possas dizer”.
Esta organização é um dos exemplos de dezenas de organizações internacionais que lutam para que o nosso planeta azul seja, entre outras causas também meritórias, um pouco mais justo e equitativo e onde haja maior qualidade ambiental. Para além da AI, irei abaixo destacar um conjunto de organizações que estão a mudar o mundo para muito melhor.
Cada vez que há uma catástrofe, em qualquer parte do globo, de imediato uma expressão nos assalta a memória: “Cruz Vermelha Internacional”. Digam lá que não tenho razão?! A Cruz Vermelha, também conhecida por Crescente Vermelho ou Cristal Vermelho, para não ferir susceptibilidades religiosas, é uma das mais unânimes organizações de intervenção em teatros de guerra ou de catástrofe natural. Não será inerte o facto de agregar 97 milhões de voluntários. Destaco também, os Médicos Sem Fronteiras que, ao contrário de outras com o mesmo objectivo, não permitem a auto-promoção dos profissionais que, no campo, contribuem voluntariamente para as diferentes causas humanitárias.
A UNICEF não pode ser classificada como não-governamental, mas, de qualquer forma, destaco-a para que seja dado eco da sua acção que, em muitos sentidos, acaba por ser similar às Organizações Não-Governamentais. A UNICEF é um organismo das Nações Unidas que também recebe fundos privados e, portanto, todos podemos contribuir para as diferentes acções de salvaguarda das crianças que promove.
Em termos ambientais, a nível internacional destaco a Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF) e a Greenpeace. A primeira tem uma acção mais discreta, mas muitíssimo eficiente, recolhendo fundos no mundo inteiro, junto dos seus 5 milhões de apoiantes, e dedicando-se a fortalecer as causas ambientais também nos países mais carenciados. É frequente encontrar membros da WWF nas reuniões ministeriais ou nos grupos de trabalho especializados em diversas temáticas ambientais. A acção da Greenpeace é sobejamente conhecida e reconhecida e não apenas junto dos seus 2,7 milhões de apoiantes. Esta organização voltou a surpreender quando, em 2006, veio aos Açores enaltecer as acções positivas do Governo Regional na salvaguarda do seu mar.
Em Portugal, associações como a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), a Quercus ou a SPEA merecem o nosso respeito. A SPEA (acrónimo de Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) é um dos membros da BirdLife International, uma organização que reúne organizações de diversos países com o intuito comum de proteger as aves. Por curiosidade, um dos membros da BirdLife International é a britânica Royal Society for the Protection of Birds, uma respeitável associação com um milhão de associados pagantes.
Tanto a SPEA como a Quercus têm delegações com actividade nos Açores, mas também há organizações endógenas nos Açores como, entre outras, os Montanheiros, os Amigos dos Açores, a Gê-Questa, a Azorica ou o Observatório do Mar dos Açores.
Existem, obviamente, muitas mais organizações não governamentais idóneas e com diversos âmbitos de actividade e áreas de influência geográficas. Para além das organizações visando acções sociais e ambientais, que refiro atrás, há organizações com aproximações religiosas, outras culturais e outras apontando as suas baterias para causas laborais específicas, como as Ordens ou os Sindicatos.
Na minha opinião, ser cidadão, implica aderir a causas e lutar por elas. Portanto, seja onde for e com quem for, parece-me que o importante é mesmo participar.
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