Mergulhador fotografa rainhas.
Foto: F Cardigos ImagDOP
Entrevista dada ao jornal escolar "Arauto"
1- Qual a situação ambiental do Mar dos Açores neste momento?
A situação ambiental é genericamente boa já que não há grandes fontes de poluição, a qualidade da água varia entre o bom e o excelente e há recursos em abundância, incluindo os fabulosos cetáceos e tubarões dos Açores. Obviamente, como almejamos a perfeição, temos que reconhecer os problemas existentes, como seja a presença da alga invasora Caulerpa webbiana no Porto da Horta e a diminuição de alguns dos mananciais piscícolas.
2- Quais a medidas impostas para a diminuição das ameaças identificadas?
Temos implementado um plano para combate à alga invasora e atribuímos limites máximos de captura para as espécies mais sensíveis. Apesar de ainda não existirem grandes problemas na área turística, temos legislado e promovido códigos de conduta para essas atividades. Para além disso, em paralelo, mantemos um rigoroso sistema de monitorização ambiental e dos efluentes das indústrias potencialmente mais perigosas.
3- Quais as maiores dificuldades na prevenção dessas ameaças?
A maior dificuldade é a falta de recursos financeiros, o que se materializa sob diversas formas. Por exemplo, no caso da alga invasora, não podemos aumentar o esforço na sua remoção porque é economicamente incomportável.
4- Qual a ilha dos Açores mais “saudável” do ponto de vista ambiental?
Em termos marinhos, todas as ilhas estão entre o muito bom e o razoável, sendo a ilha de São Miguel a que está mais explorada. Se associarmos o ponto de vista terrestre, a análise é muito mais complexa porque as fragilidades de umas são as qualidades das outras. Exemplificando, São Miguel tem os maiores problemas de poluição, que afetam, por exemplo, a qualidade da água nas Lagoas, mas, ao mesmo tempo, tem das mais bonitas paisagens do arquipélago. A ilha Graciosa é excelente em quase tudo, mas “peca” pela intrusão salina existente na água de consumo. As Flores são quase perfeitas, mas a gestão de resíduos ainda é muito limitada. Enfim, estão todas bem, mas todas têm alguns pontos a merecer atenção.
5- O que é que cada um de nós (estudantes) pode fazer para melhorar o estado do ambiente?
Primeiro que tudo há que respeitar o ambiente, ou seja, por exemplo, usar os recipientes para o lixo, economizar água e eletricidade e estimar o extraordinário património ambiental que nos rodeia. Depois, é essencial estarem atentos e intervir se considerarem que alguma coisa está errada ou que, simplesmente, não pareça fazer sentido. Perguntar não é um direito apenas, é um dever de cidadania. Para além disso, podem participar nas atividades das organizações não governamentais para o ambiente. No caso da ilha do Faial há duas organizações deste tipo: a Azórica e o Observatório do Mar dos Açores. Tenho a certeza que ambas gostariam muito de poder contar com a vossa colaboração voluntária!
Esta entrevista tem sabor especial porque foi realizada pela minha filhota.
1- Qual a situação ambiental do Mar dos Açores neste momento?
A situação ambiental é genericamente boa já que não há grandes fontes de poluição, a qualidade da água varia entre o bom e o excelente e há recursos em abundância, incluindo os fabulosos cetáceos e tubarões dos Açores. Obviamente, como almejamos a perfeição, temos que reconhecer os problemas existentes, como seja a presença da alga invasora Caulerpa webbiana no Porto da Horta e a diminuição de alguns dos mananciais piscícolas.
2- Quais a medidas impostas para a diminuição das ameaças identificadas?
Temos implementado um plano para combate à alga invasora e atribuímos limites máximos de captura para as espécies mais sensíveis. Apesar de ainda não existirem grandes problemas na área turística, temos legislado e promovido códigos de conduta para essas atividades. Para além disso, em paralelo, mantemos um rigoroso sistema de monitorização ambiental e dos efluentes das indústrias potencialmente mais perigosas.
3- Quais as maiores dificuldades na prevenção dessas ameaças?
A maior dificuldade é a falta de recursos financeiros, o que se materializa sob diversas formas. Por exemplo, no caso da alga invasora, não podemos aumentar o esforço na sua remoção porque é economicamente incomportável.
4- Qual a ilha dos Açores mais “saudável” do ponto de vista ambiental?
Em termos marinhos, todas as ilhas estão entre o muito bom e o razoável, sendo a ilha de São Miguel a que está mais explorada. Se associarmos o ponto de vista terrestre, a análise é muito mais complexa porque as fragilidades de umas são as qualidades das outras. Exemplificando, São Miguel tem os maiores problemas de poluição, que afetam, por exemplo, a qualidade da água nas Lagoas, mas, ao mesmo tempo, tem das mais bonitas paisagens do arquipélago. A ilha Graciosa é excelente em quase tudo, mas “peca” pela intrusão salina existente na água de consumo. As Flores são quase perfeitas, mas a gestão de resíduos ainda é muito limitada. Enfim, estão todas bem, mas todas têm alguns pontos a merecer atenção.
5- O que é que cada um de nós (estudantes) pode fazer para melhorar o estado do ambiente?
Primeiro que tudo há que respeitar o ambiente, ou seja, por exemplo, usar os recipientes para o lixo, economizar água e eletricidade e estimar o extraordinário património ambiental que nos rodeia. Depois, é essencial estarem atentos e intervir se considerarem que alguma coisa está errada ou que, simplesmente, não pareça fazer sentido. Perguntar não é um direito apenas, é um dever de cidadania. Para além disso, podem participar nas atividades das organizações não governamentais para o ambiente. No caso da ilha do Faial há duas organizações deste tipo: a Azórica e o Observatório do Mar dos Açores. Tenho a certeza que ambas gostariam muito de poder contar com a vossa colaboração voluntária!
Esta entrevista tem sabor especial porque foi realizada pela minha filhota.
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